LIVROS | AS OITO MONTANHAS, PAOLO COGNETTI
Não me vou estender muito neste post.
Na verdade, não ia fazer nenhuma review deste livro, porque foi um livro pouco significativo para mim.
Li umas reviews de dois leitores que expressavam exatamente o que senti: uma história bem contada, mas com personagens a quem não me conectei.. não me disseram nada, ou muito muito pouco. Estava sempre com pressa de chegar ao fim para pronto, passar para o próximo. Achei demasiado descritivo, demasiado calmo, demasiado do "mesmo": demasiadas montanhas e montanhas (não me dizem nada) descrições de paisagens infinitas, que não conseguia imaginar (talvez os italianos melhor)... demasiada descrição da amizade dos dois rapazes, mas que não levou a "quase nada", que não aqueceu nem arrefeceu, não senti nada "forte" , nem que acrescentou algo.
Para além disso, não gostei da construção frásica, dei por mim muitas vezes a ter que reler porque não estava claro o sentido, construções ambíguas (daquelas que acrescentam beleza) que apenas exigem um esforço extra na compreensão.
Li a versão traduzida para português e uma coisa que reparei logo foi algumas falhas, p.ex. ausência de alguma palavras, como "pais", que não sei se no italiano poderiam ter corrido muito bem, mas no português não. De certeza que a tradução não ajuda, mas o própria conteúdo da história foi muito "pouco" para mim, caíndo por vezes em lugares comuns também...
Li a versão traduzida para português e uma coisa que reparei logo foi algumas falhas, p.ex. ausência de alguma palavras, como "pais", que não sei se no italiano poderiam ter corrido muito bem, mas no português não. De certeza que a tradução não ajuda, mas o própria conteúdo da história foi muito "pouco" para mim, caíndo por vezes em lugares comuns também...
Estava tão desconsolada, que revia poesia de Fernando Pessoa, a meio, o que é muito raro acontecer, quando estou dentro de uma história, nada me distrai daí.
Se calhar acaba por ser uma história muito assim-assim, como a vida da maioria de nós, e por aí podemos ver a beleza da coisa. Mas...
Se calhar acaba por ser uma história muito assim-assim, como a vida da maioria de nós, e por aí podemos ver a beleza da coisa. Mas...
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Resolvi apenas escrever um pouco sobre o livro, para registar as minhas passagens favoritas do livro - tentei ver o bom, encontramos sempre algo bom numa história, acredito nisso, uma frase, uma palavra ...
(65) Às vezes acontecia observá-lo com o meu pai, capturar um entendimento entre eles e sentir que teria sido um bom filho para ele, não melhor do que eu claro, mas num certo sentido mais certo.
(156) O homem pegou num pauzinho com o qual traçou um círculo na terra. Ficou perfeito (...) marcou um diâmetro e depois um segundo, perpendicular ao primeiro e depois um terceiro e um quarto seguindo as bissetrizes, obtendo assim uma roda com oito divisões. Pensei que, para chegar àquela figura, teria partido de uma cruz, mas era típico de asiático partir de um círculo. (...) - Nós dizemos que no centro do mundo há um monte muito alto, o Sumeru. Em torno do Sumeru há oito montanhas e oito mares. Isso é o mundo para nós. (...) E dizemos: terá aprendido mais quem tiver feito a volta das oito montanhas ou quem chegar ao cume do monte Sumeru?
Classificação: 2,5/5
até breve ~
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