Ando a deixar-me de bloguices [ ...]
[...] desenterrei de uma gaveta aqui do quarto um antigo caderno de música onde em tempos, há uns 3 ou 4 anos, escrevi umas coisitas em modo de diário. Resolvi retomar à escrita verdadeira! Caneta e papel e por isso, feliz ou infelizmente, não verão aqui muito mais 'texto'.
Penso que se está a tornar em algo tipo auto-biografia, uma crónica, ou então são simplesmente páginas e páginas de desvaneios, para satisfazer apetites.
Um dia ganho coragem, passo tudo para formato digital e edito o meu próprio um livro. Ilustro capa até, é uma promessa!
Bem, mas em jeito de transição desta minha nova resolução, decidi transpor um excerto de uma página que escrevi hoje (poderá não fazer sentido, mas depois leêm a versão final, quando: não sei ainda)
(...) Assim que ela me volve o 'OK, já entendi que estás de mau humor, falamos amanhã, vá dorme bem, boa noite' já sei que fiz merda, deveras grossa, e começo a sentir-me monstruosamente mal. Caio em mim e os olhos começam a tremer; prevejo uma dança molhada sob as minhas pálpebras. E sinto-me tão mal, tão mal, e sei bem demais que nunca tenho a coragem de pegar no telemóvel e ligar de volta: 'desculpa, mãe'.
A dança começa com passos tímidos e eu passo a manga da camisola. Antes de violentos ritmos, levanto-me num ímpeto e dirigo-me à cozinha: começo a lavar a loiça, que não é pouca, fogão, bancadas,enquanto os XXYYXX quase me gritam dentro da cabeça, e não páro, convicta em abstrair-me da dança começada que ficou em modo 'pausa'. Gradualmente,percebo que essa dança cessou. Inesperadamente.
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