coisas para eternizar
Gosto de escrever
antigamente também, e escrevia
agora continuo a gostar, e não escrevo, nada de nada
e quando penso nisso fico triste porque sei que ficaram muitas coisas para trás, meio- esquecidas
Não quero que isso aconteça com os últimos dias que passei, quero poder recordá-los tão vivamente como agora os recordo; isto porque senti coisas que não quero esquecer
antigamente também, e escrevia
agora continuo a gostar, e não escrevo, nada de nada
e quando penso nisso fico triste porque sei que ficaram muitas coisas para trás, meio- esquecidas
Não quero que isso aconteça com os últimos dias que passei, quero poder recordá-los tão vivamente como agora os recordo; isto porque senti coisas que não quero esquecer
1.Quando eu preparava a salada de tomate para o almoço e me queixava de calor, e tu me agarraste o cabelo com todo o cuidado, levantaste-o e sopraste para o meu pescoço
2.Quando nos deitámos em posições totalmente descabidas, contorcidos, pernas por cima de barrigas, costas tortas, eu sei lá como , mas de frente um para o outro, no nosso silêncio
3.Quando percorremos Consolação de bicicleta à noite, por ruas mais desertas que cheias, e terminámos deitados lado a lado ao pé do mar, sob o céu negro. E falámos. Falámos sobre diferentes formas de viver
4.Quando, ontem e hoje, tal como imensas vezes anteriores, senti o vento contra mim, olhos semi-cerrados, de frente ao céu e ao sol já baixo , a uma velocidade suficiente para voar
5.Quando descobrimos sítios novos, nossos, com árvores, verde, água, vento e pássaros
6.Quando te abracei e cheirei a tua roupa
7.Quando pegaste em mim às cavalitas, rodopiamos e caimos na relva, para sempre (ou quase)
6.Quando te abracei e cheirei a tua roupa
7.Quando pegaste em mim às cavalitas, rodopiamos e caimos na relva, para sempre (ou quase)
(e eu não gosto de fotos de beijos, mas há sempre coisas que nos surpreendem)
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